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Vale suspende atividades em barragem no Complexo de Itabira

22/10/2019 às 10:50
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Nesta segunda-feira (21), a mineradora Vale informou a suspensão temporária da disposição de rejeitos na barragem Itabiruçu, localizada no Complexo de Itabira. A suspensão foi decidida após perceberem a elevação do nível de alerta da barragem. Segundo a Agência Nacional de Mineiração (ANM), o protocolo de emergência em nível 1, não requer evacuação da cidade, entretanto, devido ao alerta, a empresa optou por suspender temporariamente suas atividades.

De acordo com a Vale, a decisão de parar as atividades da barragem veio pela própria avaliação da empresa, acordada com fiscalização externa, buscando realizar estudos sobre as características geotécnicas do local. Os estudos em questão serão realizados por empresa contratada pela mineradora, durante o prazo de 30 dias.

Entenda os níveis de emergência

I. Nível 1 – Quando detectada anomalia que resulte na pontuação máxima de 10 (dez) pontos em qualquer coluna do Quadro 3 – Matriz de Classificação Quanto à Categoria de Risco (1.2 – Estado de Conservação), do Anexo V, ou seja, quando iniciada uma ISE e para qualquer outra situação com potencial comprometimento de segurança da estrutura;

II. Nível 2 – Quando o resultado das ações adotadas na anomalia referida no inciso I for classificado como “não controlado”, de acordo com a definição do § 1º do art. 27 desta Portaria; ou

III. Nível 3 – A ruptura é iminente ou está ocorrendo.

Nota da Vale

“A Vale S.A (“Vale”) informa que suspendeu temporariamente, a partir de hoje, a disposição de rejeitos na barragem Itabiruçu, localizada no Complexo de Itabira, enquanto conduz avaliações sobre as caraterísticas geotécnicas da barragem. Durante a paralisação, a barragem adotará o protocolo de emergência em Nível 1, de acordo com a Agência Nacional de Mineração (“ANM), que não requer evacuação da população a jusante. A barragem Itabiruçu teve sua Declaração de Condição de Estabilidade (“DCE”) emitida em 30 de setembro de 2019, que permanece válida.

A decisão de paralisar as atividades dessa barragem derivou de avaliação da própria Vale, acordada com órgãos de fiscalização externos, sobre a necessidade de realizar estudos complementares sobre suas caraterísticas geotécnicas. Os estudos serão realizados por empresa contratada pela Vale, durante o prazo de 30 dias.

O impacto da paralisação da barragem Itabiruçu, que recebe rejeitos da mina de Conceição, estará limitado a 2019 com cerca de 1,2 Mt, uma vez que o plano de produção de 2020 já previa a paralisação momentânea desta barragem em grande parte de 2020. Deste modo o plano de retomada da produção paralisada de aproximadamente 50 Mt permanece inalterado, conforme apresentado no Relatório de Produção e Vendas do 3T19.

A Vale reafirma seu guidance de vendas de minério de ferro e pelotas de 307-332 milhões de toneladas. No entanto, em função da paralisação de Itabiruçu e pela revisão do seu plano de vendas, espera que estas se situem entre o limite inferior e o centro da faixa.”

Leia também: Simulado de rompimento de barragem tem 40% de aprovação, em Itabira

Última atualização em 28/10/2021 às 20:21