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Site mostra quem mora em área de risco do coronavírus

12/06/2020 às 15:19
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Neste tempo de pandemia do novo coronavírus, cada pessoa tenta agregar com o que pode para trazer benefícios à população. O curitibano Faissal Nemer Hajar, de 21 anos, ao assistir uma coletiva de imprensa do Ministério da Saúde no final do mês de março, teve a ideia de criar um site para mapear os casos de Covid-19. O ex-ministro Luiz Henrique Mandetta falava na ocasião sobre o uso de tecnologias para identificar infecções pelo novo coronavírus.
Faissal é estudante de medicina e, na ocasião, se lembrou que havia discutido em um curso sobre o uso de dados de geolocalização para entender como uma doença infecciosa se espalha.
Ao perceber que não tinha nenhuma plataforma desse tipo sobre o coronavírus, resolveu ele mesmo fazer uma. Aprendeu a programar sozinho e, após dois meses, lançou o “Juntos contra o Covid“, um site colaborativo que mapeia os casos de coronavírus no Brasil e permite que uma pessoa saiba qual é o risco de infecção na região onde ela mora.
O projeto já recebeu dezenas de milhares de colaborações e precisou interromper brevemente a coleta de dados enquanto se reestrutura para dar conta de tantos acessos.

Como funciona o site

No site, é necessário fornecer alguns dados dos usuários, como sexo, idade e o endereço de onde vivem. Também é necessário dizer se já foram vacinados contra a gripe e testados para o coronavírus, além de falar também se já teve sintomas gripais agudas semelhantes aos da Covid-19.
E ainda é necessário responder alguns outros requisitos, como se há algum problema de saúde, se entraram em contato com casos suspeitos ou confirmados e se viajaram para algum lugar onde há transmissão comunitária, ou seja, onde o vírus circula livremente. Além de tudo isso, também é necessário dizer o e-mail, que é mantido em sigilo.
Após isso, todos os dados são levados em consideração por um algoritmo que identifica em qual das três categorias de risco a pessoa se encaixa e a identifica no mapa do site de acordo com isso. Os casos de risco baixo são identificados por pontos azuis, são pessoas que não têm sintomas de infecção respiratória nem histórico de contato com o vírus.
Para as pessoas com risco médio, os pontos amarelos. No caso, o usuário tem sintomas, mas não viajou para onde há transmissão comunitária ou não tem certeza se esteve em contato com casos suspeitos ou confirmados.
Os casos de alto risco são os em vermelho. Trata-se de quem testou positivo para covid-19 ou tem sintomas e entrou em contato com casos suspeitos ou confirmados ou viajou para onde há a transmissão comunitária.
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Última atualização em 19/08/2022 às 08:03