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Cruzeiro XXI: torcedores elegem seleção do clube no século; veja escalação

22/05/2020 às 12:11
Tempo de leitura
10 min

Nas últimas semanas realizamos diversas enquetes no portal Mais Minas para, com a ajuda do torcedor celeste, eleger a seleção dos maiores jogadores do Cruzeiro no século XXI. Critérios como qualidade técnica, conquistas, identificação com torcedor e clube, entre outros, foram adotados na escolha das opções. E após oito enquetes, temos aqui o time e técnico que carregarão a honraria.

A escolha mostrou um forte sentimento de nostalgia dos torcedores, que elegeram jogadores como o volante Ricardinho e o atacante Marcelo Ramos, ídolos do clube que mesmo tendo seus auges no clube nos anos 90, não tendo papel tão importante no século XXI, foram os escolhidos.

A escolha do argentino Lucas Romero na posição de volante foi talvez a principal surpresa da lista, visto que o jogador não ficou tanto tempo sendo titular no clube, tendo boa parte dos seus jogos improvisado como lateral direito.

Algumas das disputas foram bastante acirradas, como a da vaga na zaga ao lado de Cris, com Léo e Luizão ficando rigorosamente empatados. Marcelo Moreno também passou perto de beliscar uma vaga no ataque. Por outro lado, algumas votações foram verdadeiros massacres. Fábio no gol, Sorín na lateral-esquerda e Alex no meio, venceram com muita facilidade.

E a seleção eleita dos maiores jogadores do Cruzeiro no século XXI ficou com: Fábio; Maurinho, Cris, Luisão/Léo, Sorín; Lucas Romero, Ricardinho; Éverton Ribeiro, Alex e Ricardo Goulart; Marcelo Ramos. Esse time seria comandado por Vanderlei Luxemburgo.

Cruzeiro XXI: torcedores elegem seleção do clube no século; veja escalação

Crédito da imagem: Mais Minas

Cruzeiro XXI – A seleção

Fábio (2000 e 2005-atualmente)

Se a enquete de maiores goleiros da história do Cruzeiro contou só com dois nomes, muito se deve a Fábio Deivson Lopes Maciel, um dos grandes nomes da história do clube. Recordista de partidas com a camisa do time, tendo atuado em 883 partidas (sendo 862 oficiais) e símbolo de longevidade com uma mesma camisa no futebol brasileiro, o goleiro está em sua 16ª temporada seguida defendendo o emblema da Raposa.

Fábio chegou ao Cruzeiro no ano de 2005, anteriormente havia tido breve passagem pelo clube em 2000, mas ainda muito jovem e reserva fez somente quatro jogos. De lá para cá, o goleiro dominou a meta celeste e não saiu mais.

Com a camisa do Cruzeiro, contando as duas passagens, foram nada mais nada menos que 12 títulos, se tornando um dos maiores vencedores da história da Raposa. Os títulos conquistados por Fábio defendendo o time celeste foram: a Copas do Brasil — em 2000, 2017 e 2018, o Campeonatos Mineiro — em 2006, 2008, 2009, 2011, 2014, 2018 e 2019, e o Campeonato Brasileiro — em 2013 e 2014.

Cruzeiro XXI: qual o maior goleiro do Cruzeiro no século?

Fábio se destaca pela facilidade em defender pênaltis – Crédito da foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro

Maurinho (2003-2006 e 2008)

A primeira opção é um nome inesquecível entre os torcedores celestes. Maurinho foi o nome da lateral-direita Cruzeiro naquele que foi um dos anos mais vitoriosos da história do clube, 2003, quando a Raposa levantou a até então inédita Tríplice Coroa.

Além da passagem que durou entre 2003 e 2006, Maurinho voltou ao clube em 2008, mas na época a próxima opção já reinava soberano na posilão. Pelo Cruzeiro, o ex-lateral conquistou o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil em 2003, e foi ainda tricampeão mineiro nos anos de 2003, 2004 e 2008.

Cruzeiro XXI: qual o maior lateral-direito do Cruzeiro no século?

Crédito da foto: Arquivo Folha Press

Cris (1999-2004)

Um dos jogadores mais vitoriosos da história do Cruzeiro, Cris levantou incríveis nove troféus com o clube, participando da conquista da Tríplice Coroa em 2003 e levando dois títulos da Copa do Brasil, em 2000 e 2003. O zagueiro se destacava pela raça e força em campo, sendo um dos xodós da torcida azul. Além disso, o defensor ostenta o posto de segundo maior zagueiro com mais gols da história do Cruzeiro, 25 em 260 jogos.

Cris zagueiro briga

Cris ficou marcado por sua raça e por situações como a briga contra o goleiro Eduardo, num clássico contra o rival Atlético – Crédito das fotos: Reprodução/Internet

Luisão (2000-2003)*

O gigante de 1,93 é um dos jogadores mais lembrados pela torcida celeste, principalmente por sua raça, qualidade técnica e faro de gols. Um fato curioso é que apesar de ser zagueiro, Luisão chegou a ser vice-artilheiro do clube no ano de 2002, com oito gols. No Cruzeiro, o zagueiro levantou sete troféus em quatro anos, tendo participado da conquista da Tríplice Coroa, no ano de 2003.

Léo (2010-atualmente)*

Léo é um dos jogadores mais longevos do futebol brasileiro, na atualidade, e também um dos mais vencedores. Ídolo do Cruzeiro, o jogador é muito respeitado pela sua postura profissional e entrega pelo clube. Em 2020, Léo chega a sua 11ª temporada seguida pelo clube e ostenta a braçadeira de capitão. O jogador é o terceiro zagueiro com mais gols pelo clube, tendo anotado 21 tentos.

Léo conquistou oito títulos com a camisa do Cruzeiro, incluindo os dois bicampeonatos do Brasileirão e da Copa do Brasil.

*Rigorosamente empatados com 21,9% dos votos.

Sorín (2000-2002, 2004 e 2008-2009)

Um dos grandes ídolos do torcedor celeste, Juan Pablo Sorín esteve no clube em três oportunidades, no início, meio e fim da década de 2000. A primeira passagem foi muito mais marcante que a segunda, consolidando o argentino como, talvez, o maior jogador estrangeiro da história do Cruzeiro.

O lateral-esquerdo se destacava pela raça e entrega em campo, além da facilidade no setor ofensivo. Tanto que, mesmo sendo lateral, o jogador é o oitavo maior artilheiro estrangeiro da história do clube, com 18 gols. Acima dele na lista há somente meias e atacantes, o que comprova sua eficácia ofensiva.

Sorín encerrou sua carreira no clube, em 2009, após um período sendo pouco aproveitado pelo técnico Adilson Batista. Sua não escalação na final da Copa Libertadores perdida no mesmo ano até hoje irrita o torcedor celeste. Pelo Cruzeiro, o argentino conquistou cinco títulos, incluindo a icônica Copa do Brasil de 2000.

Sorín

Sorín ganhou grande festa em seu jogo de despedida do Cruzeiro e dos gramados – Crédito da foto: Arquivo/Cruzeiro

Lucas Romero (2016-2019)

“El Perro” jogou quatro temporadas no Cruzeiro e sua raça e determinação o fizeram ser querido por muitos dos cruzeirenses. No período vestindo azul, Romero conquistou duas Copas do Brasil e dois estaduais. O jogador também se destacava pela polivalência, tendo jogado inúmeras partidas de lateral-direito e até mesmo esquerdo.

Ricardinho (1994-2002 e 2007)

Jogador mais vencedor da história do clube, com 15 títulos conquistados, Ricardinho teve seu auge nos anos 90, mas também jogou no clube no século XXI, nos anos de 2001, 2002 e 2007, tendo conquistado três títulos no período.

Cruzeiro XXI: torcedores elegem seleção do clube no século; veja escalação

Ricardinho teve seu auge nos anos 90 e hoje é o maior vencedor da história do clube – Crédito da foto: Arquivo/Cruzeiro

Éverton Ribeiro (2013-2014)

Quando Éverton Ribeiro recebia a bola, era difícil o parar. Baixinho e canhoto, o jogador desfilava habilidade e grandes dribles com a camisa do Cruzeiro. Goleador e ótimo assistente, o ex-camisa 17 azul é mais um para o panteão ocupado por Alex, Montillo e cia. como jogadores mais dotados tecnicamente a vestir a camisa da Raposa no século.

Pelo Cruzeiro, Éverton Ribeiro venceu três títulos, sendo o grande maestro da conquista do bi Brasileiro, em 2013 e 2014. O meia conquistou diversos prêmios individuais no clube e marcou um dos gols mais bonitos da história da Raposa, na Copa do Brasil de 2013, ao tabelar com Ricardo Goulart, “chapelar” o volante Luiz Antônio, do Flamengo, e meter uma bomba, sem deixar a bola cair, no ângulo do goleiro Felipe.

Alex (2001 e 2002-2004)

Um dos maiores ídolos da história do Cruzeiro, Alex é lembrado com imenso carinho pela torcida celeste e considerado o jogador de maior capacidade técnica a ter passado pelo clube no século XXI. Foram duas passagens pelo clube, obtendo sucesso na segunda, onde conquistou quatro títulos e liderou o clube na conquista da Tríplice Coroa, em 2003.

Para se ter ideia, somente no clube celeste foram 10 prêmios individuais conquistados pelo jogador, além de uma infinidade de gols antológicos.

Alex

Momento do antológico gol de letra de Alex que calou o Maracanã na final da Copa do Brasil de 2003 – Crédito da foto: Arquivo/Estado de Minas

Ricardo Goulart (2013-2014)

Parceiro de Éverton Ribeiro no Cruzeiro, Ricardo Goulart pode não ser tão dotado tecnicamente como o companheiro, mas é um dos jogadores mais inteligentes que se viu passar no clube. Ótimo em atacar os espaços e exímio finalizador, o jogador marcou diversos gols, de todas as formas, vestindo azul e ajudou o clube na conquista de três títulos, incluindo os Brasileirões de 2013 e 2014. Foi eleito o melhor jogador do Campeonato Brasileiro de 2014.

Marcelo Ramos (1995-1996, 1997-2000 e 2002-2003)

O “Flecha Azul” teve três passagens pelo Cruzeiro, sendo as de maior sucesso ainda nos anos 90. É o sexto maior artilheiro da história do clube, o 23° jogador com mais jogos e o segundo com mais títulos 14 no total. No século XXI conquistou, a maioria como reserva, o Supercampeonato Mineiro de 2002, as Copa Sul-Minas de 2001 e 2002 e o Mineiro, o Brasileiro e a Copa do Brasil, todos em 2003.

Marcelo Ramos

Marcelo Ramos teve seu auge no Cruzeiro nos anos 90 – Crédito da foto: Lance!

Vanderlei Luxemburgo (2002-2004 e 2015)

Um dos maiores técnicos da história do futebol brasileiro, Vanderlei Luxemburgo chegou no Cruzeiro em 2002 e foi comandante do time no ano mais vitorioso da sua história: 2003. Com o “Pofexô” treinando o clube, a Raposa conquistou a Tríplice Coroa daquele ano com um futebol magistral. De quebra, o clube estrelado conseguiu se livrar da pressão pela conquista de um título brasileiro, grande desejo do torcedor.

Seu estilo folclórico e carismático encantaram o torcedor celeste, além de algumas atitudes que ficaram marcadas, como ele afirmar que pagaria o salário do meia Alex do próprio bolso para este continuar no clube no ano de 2003, visto que ele vinha de um mau momento na carreira e estava prestes a ser dispensado pelo Cruzeiro. O resultado é que Alex ficou e foi o melhor jogador do país naquele ano.

Outra história inesquecível foi quando o treinador levou uma fralda para o vestiário antes da final da Copa do Brasil de 2003, visto que teria que entrar com o jovem Gladstone na zaga, por estar com a equipe desfalcada. Vanderlei então perguntou se o atleta queria voltar para casa com o troféu ou com objeto higiênico. Gladstone e o Cruzeiro voltaram com o título.

Luxa ainda voltou ao Cruzeiro em 2015, mas teve péssimo desempenho com o clube e foi demitido poucos jogos depois.

Vanderlei Luxemburgo

Vanderlei Luxemburgo bancou a permanência de Alex para o ano de 2003 – Crédito da foto: Ari Ferreira/Lancepress!

E aí torcedor, concorda? Discorda? Tiraria ou colocaria alguém na seleção dos maiores jogadores do Cruzeiro no século XXI? Comente.

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